A falta de profissionalismo constante em nosso futebol
Essa semana mais uma vez a dança das cadeiras dos treinadores rolou no futebol brasileiro, como de costume. Não é a toa que somos conhecidos pela brincadeira que sempre ocorre no Brasileirão, não no meio do campeonato, mas em seu inicio e principalmente no seu término, visando um último suspiro para não ser rebaixado.
Em grande parte das demissões dos comandantes, os motivos são sempre os mesmos; resultados ruins, péssimas sequências (sem olhar fatores como; elenco, salários, calendário, etc), insatisfação da torcida, e projetos não realizados, dentre outros elementos. Em grande parte, falta algo que carecemos e muito no futebol: profissionalismo.
Profissionalismo. Sim meus caros, as gestões incompetentes contratam a torto e a direito, e afundam os clubes ladeira a baixo, contratando treinadores duvidosos, sem a devida experiência ou por N motivos. A história no final é sempre a mesma. Ou quase sempre. Cabe ressaltar. Os cartolas criam acordos com outros treinadores, demitem o atual e já tem uma carta na manga pra jogar à mesa.
Foi assim com Cristóvão Borges do Flamengo, o qual estaria apalavrado com o atual comandante, Oswaldo de Oliveira. Faltou ética ao próprio Flamengo, ao demitir Luxemburgo, que recusara propostas do Inter e São Paulo para cumprir o contrato e tentar concluir o projeto proposto. Assim como o Vasco ao demitir Doriva, que recusara o Grêmio. Ou ao Cruzeiro, ao mandar Marcelo Oliveira embora como um zé-ninguém...
Neste caso que quero abordar a questão é outra: a falta de profissionalismo foi do próprio treinador. Estamos falando de Eduardo Baptista. O filho de Nelsinho Baptista, garantiu o cumprimento do contrato com o Sport, após começar o campeonato de maneira exuberante, chegando a sonhar com vaga na Libertadores... De fato, as coisas desandaram e o Leão hoje está no meio da tabela. E o técnico assinou nessa semana contrato com o Fluminense, que demitiu Enderson Moreira após série de jogos sem vitória.
E o Sport como fica? Pois é... Neste caso faltou a ética profissional por parte do comandante, e o Leão da Ilha, que vem fazendo um campeonato mediano (está a 5 pontos do G4), perde seu técnico faltando 12 rodadas para o término da competição que ainda é uma incógnita sobre quem será campeão, quem irá pra Libertadores e quem será rebaixado.
Da mesma forma que ocorreu com todos aqueles exemplos citados acima, ocorre mais uma vez em nosso futebol. Só pra constar, o Sport tentou contato com Milton Mendes, do Atlético PR, pedido recusado logo em seguida. O projeto tem que continuar.
O treinador Eduardo tem seus motivos para largar um e ir para o outro. Não podemos julgar decisões individuais e sem analisar critérios e pretextos. Só espero que ele saiba a catraca gira, e a falta de ética e profissionalismo pode voltar para o mesmo.